Dilata-se meu coração
e comprime-me a alma... Já não conto as horas que passo tentando absorver essa repentina
partida.
A falta que ele me
faz, dói absurdamente e de forma tão indefinível que não consigo expressar em palavras, mas em lágrimas e gemidos.
Não, não estou
inconformada [pois a vida e morte não nos pertencem] e nem desesperada [pois
sei que Deus reservou o melhor para o meu querido], mas a ausência dói... A
falta de pequenas coisas e tão cotidianas ferem a alma, e foram nelas que
aprendi a amar esse homem de voz macia, de alma boa, de gentileza extrema, de cuidados [exagerados], de integridade
acima da média, maravilhoso marido, bom pai, bom filho [e bom genro]...
O tempo não
conseguirá apagar da lembrança esse homem, mas eu sei que Deus em sua infinita doçura
irá aplacar a dor e falta que hoje é tão forte que parece dor física.
Sorvo sim toda
dor, derramo todas lágrimas pois fiquei
carente das palavras meigas dele, do acolher manso que ele proporcionava, dos
cuidados com coisas mínimas. Sei que terei que continuar minha lida, que a vida
continua, todavia, o luto dentro de mim é mais forte que todos esses
raciocínios tão lógicos!
Um dia as lágrimas
secarão, trilharei outros caminhos, buscarei novidades, e me alimentarei das lembranças tão boas dos 34 anos de convivência. Sentirei saudade tão forte em momentos, que chorarei
[ainda que passem anos] e em outros tão suaves [que rirei sozinha...] Afinal o
amor é assim, ele é forte e brando... Aliás, saudades não é o amor que fica??
OBS: Agradeço cada carinho que vocês me enviaram, um dia retribuirei cada um, no momento choro por cada comentário, cada telefonema que recebo, cada e-mail... Mesmo aquelas pessoas que não me conheciam deixaram suas palavras que muito me confortaram. Deus abençoe a todos.